5 Tipos de doenças causadas pela Ansiedade
A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, mas quando ela se torna constante e excessiva, pode desencadear ou agravar diversas doenças físicas e psicológicas. Aqui estão 5 tipos de doenças causadas ou exacerbadas pela ansiedade , com informações detalhadas sobre cada uma, dados estatísticos, dicas de como identificar e orientações para tratamento.
1. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
O que é: O Transtorno de Ansiedade Generalizada é caracterizado por uma preocupação excessiva e persistente com questões cotidianas, como trabalho, saúde, dinheiro ou problemas familiares. Uma pessoa com TAG sente-se constantemente tensa, ansiosa e incapaz de controlar esses pensamentos.
Dados Estatísticos:
A TAG afeta cerca de 2,7% da população mundial , sendo mais comum em mulheres do que em homens.
No Brasil, estima-se que 6,3% da população adulta sofra de transtornos de ansiedade, com o TAG sendo uma das formas mais prevalentes.
Como Identificar:
Preocupações excessivas que duram mais de 6 meses.
Dificuldade em controlar as preocupações.
Sintomas físicos como cansaço, tensão muscular, dificuldade para dormir e dificuldade de concentração.
Como Tratar:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é altamente eficaz no tratamento do TAG, ajudando o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento irracionais.
Medicação: Em casos mais graves, ansiolíticos ou antidepressivos podem ser indicados.
Exercícios de Relaxamento: Técnicas como a meditação e o mindfulness ajudam a reduzir os níveis de ansiedade.
2. Transtorno do Pânico
O que é: O Transtorno do Pânico é caracterizado por ataques de pânico repentinos e intensos, que incluem uma sensação de medo extremo e sintomas físicos, como falta de ar, trauma do coração, suor excessivo e sensação de desmaio.
Dados Estatísticos:
A prevalência do transtorno de pânico varia entre 2% a 3% da população mundial.
Estima-se que 4,7% da população brasileira tenha vivido pelo menos um ataque de pânico ao longo da vida.
Como Identificar:
Ataques de pânico recorrentes e inesperados.
Sintomas físicos intensos, como lesões cardíacas aceleradas, tremores, náuseas e dificuldade para respirar.
Medo de ter outro ataque, o que pode levar a evitar lugares ou situações onde os ataques ocorram.
Como Tratar:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC tem mostrado resultados eficazes ao ajudar os pacientes a entender os gatilhos dos ataques de pânico e aprenderem técnicas de enfrentamento.
Medicação: Benzodiazepínicos para controle imediato e antidepressivos para prevenção de ataques podem ser prescritos por um médico.
Técnicas de Respiração: A respiração profunda e controlada ajuda a reduzir a intensidade dos ataques de pânico.
3. Distúrbios do Sono (Insônia)
O que é: A crônica pode causar insônia, que é uma dificuldade para adormecer ou manter o sono, mesmo quando o ambiente é propício para o descanso. Isso ocorre devido à mente acelerada e preocupações que impedem o relaxamento necessário para o sono.
Dados Estatísticos:
Estima-se que 30% a 35% da população mundial sofra de algum distúrbio do sono, sendo a insônia um dos mais prevalentes, com a ansiedade frequentemente desempenhando um papel central.
No Brasil, 60% da população adulta apresenta algum tipo de problema relacionado ao sono, e grande parte desses casos está associada à ansiedade.
Como Identificar:
Dificuldade para adormecer, acordar no meio da noite ou acordar muito cedo.
Sensação de cansaço durante o dia, dificuldade de concentração e irritabilidade.
Preocupações constantes que dificultam o relaxamento antes de dormir.
Como Tratar:
Higiene do Sono: Mantenha uma rotina de sono regular, evitando estimulantes como cafeína e dispositivos eletrônicos antes de dormir.
Técnicas de Relaxamento: Uma prática de meditação ou ioga antes de dormir pode ajudar a reduzir a ansiedade e promover o relaxamento.
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC para insônia (TCC-I) pode ajudar a reestruturar pensamentos e comportamentos relacionados ao sono.
4. Transtornos Gastrointestinais (Síndrome do Intestino Irritável - SII)
O que é: A ansiedade pode afetar diretamente o sistema gastrointestinal, causando problemas como a Síndrome do Intestino Irritável (SII), que provoca dor abdominal, distensão, diarreia ou constipação.
Dados Estatísticos:
Estudos sugerem que entre 40% a 60% dos pacientes com SII também apresentam algum transtorno de ansiedade.
A prevalência de SII no Brasil é de aproximadamente 15% da população adulta , sendo uma condição frequentemente exacerbada pela ansiedade.
Como Identificar:
Dor abdominal, cólicas e distensão abdominal.
Alternância entre diarreia e constipação.
Sensação de evacuação incompleta.
Os sintomas muitas vezes pioram em situações de estresse ou ansiedade.
Como Tratar:
Dieta e Exercícios: Uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios podem aliviar os sintomas de SII, especialmente em momentos de estresse.
Terapias Cognitivas e de Relaxamento: Técnicas para controlar o estresse, como a TCC, podem ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar os sintomas gastrointestinais.
Medicação: Antidepressivos ou ansiolíticos podem ser prescritos para reduzir a ansiedade e controlar os sintomas intestinais.
5. Hipertensão (Pressão Alta)
O que é: A crônica pode levar a um aumento constante na pressão arterial, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Isso ocorre porque o estresse e a ansiedade causam uma liberação excessiva de hormônios do estresse, como a adrenalina, que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.
Dados Estatísticos:
A hipertensão afeta cerca de 30% a 45% da população adulta mundial , e é uma das principais causas de doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).
No Brasil, a hipertensão é responsável por cerca de 30% das mortes causadas por doenças cardiovasculares.
Como Identificar:
Dores de cabeça frequentes, falta de ar e sensação de pressão no peito.
Histórico de pressão alta na família.
Sintomas de estresse, como aumento do ritmo cardíaco, tensão muscular e dificuldade de relaxamento.
Como Tratar:
Exercícios Físicos e Dieta: A prática regular de atividade física e uma dieta saudável, com baixo teor de sódio, podem ajudar a controlar a pressão arterial.
Redução do Estresse: Técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade e, consequentemente, a pressão arterial.
Medicação: Em casos graves, medicamentos anti-hipertensivos podem ser necessários para controlar a pressão arterial.
Conclusão
A preocupação, quando não tratada, pode desencadear ou agravar uma série de doenças, tanto mentais quanto físicas. É essencial considerar os sinais de que a ansiedade está afetando a saúde e procurar ajuda profissional. Tratamentos como terapia, medicação e mudanças no estilo de vida são fundamentais para controlar a ansiedade e prevenir doenças associadas.
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